Clóvis nega ter sido carlista e relata "traição" do DEM na última eleição
O novo chefe de gabinete do vice-governador Otto Alencar, Clóvis Ferraz, esclareceu que não está mais filiado ao DEM. Ele assinou o manifesto de fundação do PSD no estado e em Brasília, mas nega que a sua mudança partidária seja adesismo. “Antes de assinar a ata, eu me desfiliei do Democratas. Apresentei a minha carta de desfiliação tanto à direção do partido aqui quanto em Vitória da Conquista, onde eu era presidente. Eu não vim atrás de emprego. Eu sou professor concursado da Universidade Federal da Bahia e aceitei o convite de Otto, que é meu amigo há mais de 20 anos, porque as minhas bases sinalizaram. A política é muito dinâmica e não se pode desrespeitar a indicação das urnas. A construção desse novo partido é uma oportunidade para ajudar e atender às reivindicações das minhas bases”, justificou. O ex-deputado alega ainda que não tinha “clima” para permanecer no partido e refuta a hipótese de que seria liderado do falecido senador Antonio Carlos Magalhães. “Eu nunca fui carlista, tanto sim que disputei a eleição na Assembleia contra a vontade dele, que não me queria presidente. Eu entrei na política pelas mãos do ex-governador Paulo Souto. Entramos juntos. Ele se candidatou a governador e eu a deputado em 1994. O meu líder era Paulo Souto, que eu vou continuar respeitando e a quem eu devia explicação. Se fosse oportunismo, eu tinha saído do partido antes da eleição. Motivo eu tive. O partido não fez nada para me ajudar. Lançou um candidato na região de Vitória da Conquista para tomar os votos das minhas bases. Ao longo desses 16 anos, o meu mandato foi dedicado ao desenvolvimento econômico e social daquela região. Mas eu não quero ficar olhando pelo retrovisor”, relatou. Ferraz revelou também não ter ficado deslocado por representar o governo na cerimônia que concedeu o título de Cidadão Baiano ao vice-presidente da Coca-Cola, Jack Correa. “Eu fui para representar o governador em exercício, Otto Alencar. Não me senti estranho nem me sentiria de forma alguma, mesmo que representasse o governador, Jaques Wagner, a quem Otto está alinhado. O povo da Bahia aprovou o seu governo”, salientou.
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